segunda-feira, 4 de junho de 2012

Sobre o chamado "pinkwashing"

Interessante, o debate sobre o chamado "pinkwashing". Uma coisa eu sei: que os direitos LGBT que se conquistaram em Israel devem-se à luta dos movimentos e ativistas e à ação de alguns tribunais, não à iniciativa do governo. Também sei - ou melhor, acho - que os direitos LGBT, ou outros, não devem ser usados para propaganda diplomática ou nacionalista ou outra oficial num país, e mais ainda se ele vive um conflito que tem uma pesada dimensão ética e repercussão política internacional. Também sei que se vive melhor como gay ou lésbica aqui do que em muitos sítios - mas com uma situação muito pior nos Territórios palestinianos e se, no caso dos judeus, se estiver numa meio ultra-religioso. E também sei outra coisa: que nunca se deve fazer uma grande misturada, seja do lado da propaganda governamental, mas com isso posso eu bem, que não são os meus, seja do lado de quem procura rapidamente desmascará-la. Isto é, a postura mais correta de direitos humanos, a meu ver, é lutar igualmente pela solução do conflito israelo-palestiniano e pelos direitos LGBT em todos os territórios de Israel/Palestina.

Uma série de artigos, todos no jornal liberal israelense Ha'aretz, sobre o assunto:

O artigo de Aeyal Gross.

O artigo de Natasha Mozgovaya.

A opinião do Yeoshua Gurtier: The pink elephant and the Israeli-Palestinian conflict.

Um artigo sobre um boicote a jovens LGBT israelenses.

(e não, não tenho paciência para comentar os boicotes, em Portugal e noutros países, de alguns segmentos LGBT a eventos - LGBT - com participação israelense).

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