E de repente há um dia em que vais na rua, na tua cidade nova, e vais a olhar para o chão, a pensar "nas tuas coisas" e não a olhar para todo o lado. É então que começaste uma relação de intimidade com o sítio, por estranho que pareça. Como nas (outras) relações: o momento da "acomodação" não tem de ser, como muitos pensam (ou pensa o viajante que "ao olhar para o chão" acha que chegou o momento de partir para outra), o fim, mas sim o princípio. Claro que é aí que começa o trabalho, já sem interruptor automático. Começa o laço. Mas não é o trabalho a condição humana?
Jerusalém no shabat. O mais parecido em Portugal até nem é o domingo. Talvez seja, por cómico que pareça, o dia de reflexão antes das eleições:
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E não é fotomontagem... |
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Wisdom |
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Mob store? (ampliar) |
Dia em Tel-Aviv, para brunch com amigos em Yaffo:
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Na estação de autocarros, loja chinese especializada em vender porco. Com anúncio também em russo. |
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Brunch with a bunch |
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Pequeno-almoço típico dos judeus do Iraque. Yummy, sobretudo o picante laranja. |
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laranjeira suspensa em Yaffo |
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Última ceia (ampliar) |
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Yaffo gentrificando-se |
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Bears |
We liked the music
Regresso a Jerusalém. Pode ser "doida" - religiosa, "ocupada/libertada/reunificada" (contestada), e Tel-Aviv pode ser, e é, cosmopolita, de praia e esplanadas e bicicletas. Mas, por outro lado, e se calhar por causa de inclinações antropológicas, há qualquer coisa em J'lem que é mais intensa. Ou, então, habituado que estou às alienações do consumo e do prazer atraio-me exoticamente pelas alienações da religião, da etnicidade e da política? Não sei. Mas voltei home.
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Regressando a Jerusalém. Discussão entre motorista e cliente. Duas jovens vão-me explicando.
Toda a conversa em árabe. No fim, o meu primeiro "shukran" em vez de "todá". |
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